terça-feira, 19 de setembro de 2006

Depois da Vida

Observe esta janela
Que se abre para você.
Olhe tudo com atenção
E retenha o que vê.

Um recanto aprazível,
Espíritos a se movimentar.
Não se vê nada terrível
Que dá medo de enfrentar.

Se você olhar direito
Cada expressão, cada olhar,
Sentirá como é perfeito
Depois do desencarnar.

A mudança que imagina,
Que fantasia ou que quer,
Dependerá do que anima
A conduta que tiver,

Enquanto está encarnada.
Se viver bem o presente
O futuro que lhe aguarda
Nunca será deprimente.

Amigos a reencontrar...
Projetos para trabalhar...
Problemas para pensar...
E um dia, recomeçar!


Benjamim Brooklim - 19/09/06
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Vigilância

O grito que você grita
No momento de revolta,
Assusta, machuca e agride
Quem está à sua volta.

Sem contar, preste atenção,
Com a figura que você faz,
No ódio que é contumaz,
Deformando sua feição.

Esse momento tão triste
Devia ser retratado.
Com calma, o retrato visse;
Ficaria envergonhado.

Vamos usar do recurso
Que Jesus nos trouxe um dia.
Sejamos mais educados
Pra buscar a sintonia.

Falar com desequilíbrio,
Lembra muito, ignorância.
Falar manso, meu amigo,
Faz parte da vigilância!


Benjamim Brooklim - 12/09/06
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Passado

Recorda querida irmã
Esta casa de fazenda.
Os negros no seu afã,
Trabalhando na moenda.

Se você pudesse se ver
Debruçada na sacada,
Procurando com atenção
Qualquer falha da “negrada”...

Sempre altiva, exigente.
Por perto um capataz.
Ai daquele negligente.
Aprendia como se faz,

Na linguagem do chicote;
Nas duras horas do tronco;
Nas dores tão cruciantes
Que a fome causa de pronto.

E são tantas outras dores
Que você soube aplicar,
Que hoje, os seus clamores,
Reclamam mais, meditar.

Agradeça, minha irmã,
Cada infortúnio que tem.
Peça alívio, vida sã,
Mas não acuse ninguém!



Albert - 05/09/06
Luci Ferreira de Oliveira