quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Desespero

Eu quisera poder gritar
Para toda a multidão
Que eu sou um morto vivo
E que tenho coração!

Eu quisera que soubessem
Como é duro de sentir
As vibrações maldizentes
Que só fazem me ferir!


Eu quisera que entendessem
Que fui mau não sei por que
Ninguém nunca me ensinou
Como é certo se viver!

Eu quisera que tivessem
Um pouco de compaixão
E vibrassem com carinho
E me chamassem de irmão!

Perambulo, perturbado
Sofro, choro, desespero.
Sou pobre desesperado
Que vive no cemitério!



Não deu o seu nome. Quando perguntei, ele respondeu: “Sou um pobre diabo.”
10/11/04

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Ilusão

Observe a multidão:
Rostos tristes, perturbados;
Homens caminham apressados
Mostrando a preocupação.

Alguns carregam os vícios
Nas tragadas dos cigarros;
Ou nos copos, ou nos desperdícios
Que as ações cobrarão caro.

São poucos que compreendem
A vida como oportunidade
E passam a vida correndo
Ao encontro da enfermidade.

E choram quando percebem
Os estragos no seu corpo.
Blasfemam se não conseguem
Libertarem-se do estorvo.

Pobres homens, infantis!
Ingenuidade orgulhosa!
Leis de Deus são imutáveis,
Elas não são mentirosas!



Benjamim Brooklim - 26/10/04
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 12 de outubro de 2004

Evolução

Vai, minha filha, anunciar,
O sentido verdadeiro
Da oportunidade da vida
Que ocorre no mundo inteiro.

Desde a planta ao animal,
O homem, esta obra prima,
Partindo do mineral
Ou de onde a evolução se origina;

Tudo cresce e evolui.
Tudo luta e se transforma.
Nada, nenhum ser se exclui
Dos transtornos desta rota.

As mudanças que sentimos
Faz parte da evolução.
O importante é que existimos!
Não há ser em extinção!

Quem não conhece do Espírito,
A obra do Criador,
O seu caminhar é aflito
E a dor, é uma grande dor!

É preciso encontrar Jesus
E o ensino verdadeiro,
Na Sua Mensagem, que é Luz
E ilumina o mundo inteiro.

Enquanto não agimos assim,
O sofrer é mais sofrido.
É uma sensação de vazio
E de dever não cumprido.

Mas pra tudo há um tempo certo;
É o tempo de ter vontade.
De olhar assim, bem de perto
E descobrir a verdade!


Alberts - 12/10/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Desilusão

A barba branca cerrada...
As rugas fundas no rosto...
A aparência cansada...
Mostra a transformação do moço,

Que viveu em disparada
Querendo tudo da vida.
Que elegeu por camaradas
Outras almas tão sofridas,

Sem base, sem sustentação,
Sem ter mesmo sentimento.
Envolvendo-se na paixão
Que se perde nos lamentos.

O homem velho que sou
Vem tentando resgatar
Aquilo que o tempo levou
No modo de caminhar.

Vem sofrendo o cadinho
Que pede a depuração
Vem vencendo de mansinho
A dor da desilusão!



Geraldo Lacerda - 29/09/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Agradecimento

Aos Senhores e às Senhoras
Que estão a trabalhar:
Valorizem esse momento
Pois muito estão a ganhar.

Nessas horas em que se doam
Àquele que quer falar,
Muitos hinos se entoam
Dos que estão a ajudar.

É difícil a gente achar
Alguém que nos dê atenção.
Estão sempre a duvidar
Se é mesmo nosso ou não.

Façam o trabalho assim
Com esse amor que sentimos,
Em cada letra que escrevem.
Só quando estiverem aqui


É que poderão entender
Aquilo que lhes digo agora:
“Como sofre um homem morto
Pra contar a sua história!”



Benjamim Brooklim - 15/09/04
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 14 de setembro de 2004

Confiar

Caminhar a passos largos
Na direção de Jesus,
É não largar os encargos
É não deixar nossa cruz

Não devemos esperar
Nos dias deste Planeta
Momentos pra descansar.
No mundo que nós estamos,

Muita luta nos aguarda.
Sem Jesus alicerçando,
Sem Jesus nos amparando;
Falhamos na caminhada.

E acordamos muito tristes
Na Pátria espiritual.
E nenhum de nós resiste
Não chorar no tribunal

Armado na consciência,
Que nos cobra, dedo em riste,
Sem pena, sem compaixão,
Mostrando a reparação

Que nos espera n’outra vida.
Onde uma luta maior,
Mais árdua e mais sofrida,
Vai nos tornando melhor!



Geraldo Lacerda - 14/09/04
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 20 de julho de 2004

Pedir

Vamos orar minha irmã.
Pedir ao Jesus amigo
O conforto, a compaixão,
Para o coração sofrido.

Desenvolver nossa fé
Pra nossa sustentação.
Até o que não se quer
Faz parte da nossa lição.

As faladas Leis de Deus
Estão sempre em ação.
Controla os anseios teus
Agindo com precisão.

Embora não nos castiguem,
Vão fazendo a correção.
Porque se são Leis, elas exigem
Sempre agir com precaução.

Mas Jesus, o nosso Mestre
Está velando por nós.
E atende quando lhe pede.
Ele não nos deixa só!



Geraldo Lacerda - 20/07/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 14 de julho de 2004

Para Refletir

Escute. Os mortos te falam.
Preste bastante atenção.
Suas palavras assinalam
Que viver tem precaução.

Esqueça a mágoa que fere.
Não a guarde no seu coração.
Acumule o que concerne
Com o amor e a compaixão.

Cada um de nós é um só.
Por nós mesmos respondemos.
Se cuidarmos do redor,
E de nós nos esquecemos,

O despertar é bem triste.
É um tal de, “ai se eu soubesse”...
No entanto o que existe,
É que a gente se esquece,

Da importância que tem
A Mensagem de Jesus.
É ela que nos convém;
É ela que acende a luz,

Que clareia o caminhar.
Resistir ao ensinamento,
É buscar o sofrimento.
Não tem por que reclamar!



Benjamim Brooklim - 14/07/04
Luci ferreira de Oliveira

quarta-feira, 30 de junho de 2004

Aviso

Batem os sinos na Capela
O seu som é de pesar.
Avisa para a cidadela,
Que a morte está a sondar.

Esses avisos que chegam
Quase sempre a espantar
Àqueles que não se lembram
Que o seu dia vai chegar;

Deviam ser meditados
Sem mesmo desesperar.
Porque é sempre “coitado”,
Quem não quer nisto pensar.

A morte é só a volta
De quem não veio pra ficar.
Não é preciso revolta.
Nós temos que retornar!





Benjamim Brooklim - 30/06/04
Luci Ferreira de Oliveira

Amizade

Os braços que num abraço
Envolvem o amigo querido,
Repletos de sentimentos,
Acalmam o homem aflito.

São afagos, são remédios,
São esperanças, consolos,
São presença dos afetos,
Nos desastres, nos transtornos

Resultam da amizade
Que soubemos cultivar.
Frutos da fraternidade
Que ensina o homem amar.

Tenhamos na nossa vida
Mais momentos de união.
Não sabemos quando chegam
Os testes para o coração.

Se estivermos sustentados
Por sentimentos que acalmam,
Com certeza, percebemos,
Confiança em nossa alma!



Geraldo Lacerda - 30/06/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 2 de junho de 2004

Alegria Sempre

Ria o riso da alegria
Como a criança sorri.
Comece assim o seu dia;
Valorize o existir!

O rosto entristecido
Que às vezes você quer mostrar,
Precisa ser reprimido
Para a alegria entrar.

Olhar com os olhos de ver
A beleza que é a vida.
Não se deixar envolver
Com fatos que infelicita.

O próprio corpo que tens;
A voz pra se expressar;
Os pés que num vai e vem
Permitem-lhe caminhar,

Devem ser valorizados.
Olhe atrás, quanta amargura.
Quantos corpos mutilados
Não permitindo a Ventura!





Benjamim Brooklim - 2/06/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 26 de maio de 2004

Aprendizado

Sossegue o seu coração
Para o ensinamento entrar.
Se instalar devagarzinho
Com vontade de ficar.

Deixar que cada virtude
Mostre-lhe a direção.
E você não se descuide
Pra assimilar a lição.

É um trabalho difícil
Que vamos realizar.
É tarefa intransferível
Que precisa começar.

Encontrar a paciência,
Buscar a compreensão.
Aprender que na convivência
Precisa existir o perdão.

Respeitar os familiares
Ter paz lá dentro do lar.
Não cultivar os pezares
Se você quer mesmo amar!



Benjamim Brooklim - 26/05/04
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 11 de maio de 2004

Encantos da Natureza

O brilho que tem a estrela,.
A luz que vem do luar.
O vento ameno que sopra
Quando a noite quer chegar...

As nuvens que estão no céu,
Caminhando sem parar.
Deixando sempre passagem
Pra poder o sol brilhar...

As águas claras que nascem
Lá no alto da pedreira,
Engrossando, enquanto descem
Pela encosta da ladeira...

As flores com seu perfume,
Com a variedade de cores.
Nas suas formas perfeitas
Mostrando tantos primores...

São provas vivas de Deus.
Que criou a Natureza,
Pra alegrar qualquer tristeza
Na vida dos filhos Seus!...





Geraldo Lacerda - 11/05/04
Luci Ferreira de Oliveira

sexta-feira, 30 de abril de 2004

Roteiro

O Evangelho é a luz
Que ilumina nossas almas.
É a Mensagem que conduz,
Que equilibra e que acalma.

É o mapa da existência
Mostrando-nos a direção.
É rota da consciência;
É meta da união.

É estudo necessário.
É luta da evolução.
É tarefa assimilá-lo,
Mudando no coração:

O sentimento atrasado
Que há tanto tempo perdura,
Trazendo o homem isolado,
Sem anseios de ventura!



Benjamim Brooklim - 30/04/04
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 27 de abril de 2004

Recordar

Por que choras, minha amiga?
Reclamas consolação?
Se recordar suas vidas
Chegará à Inquisição.

Os tormentos desmedidos
Que outrora cometeste.
Os lamentos e os pedidos
Que nunca compreendeste,

Precisam ser resolvidos.
Apagados da memória.
Viver dias bem sofridos
Melhorando a trajetória.

Buscar aqueles irmãos
Que ainda não perdoaram.
Falar-lhes, estender-lhes as mãos,
Até conseguir abraçá-los.

São tarefas necessárias
D’aquele que quer crescer.
São provas indispensáveis:
Não tem como “não fazer!”



Albert - 27/04/04
Luci Ferreira de Oliveira

terça-feira, 20 de abril de 2004

Dificuldades

As bênçãos que vêem do céu,
Devemos todos alcançá-las.
São remédios para os réus
Das penas, a condená-los:

Viver em dificuldade,
Aprender a compreensão.
Trabalhar a maturidade,
Preparando o coração:

Para as causas da vaidade
Do melindre que é o amor próprio;
Das muitas inferioridades,
Que entorpece como o ópio.

No centro do coração,
A sede dos sentimentos,
Tentar a assimilação
Da Lei, nos dez mandamentos.

Aprendemos devagar
E mesmo com lentidão
O Espírito transformar
Na luta da evolução!



Geraldo Lacerda - 20/04/04
Luci Ferreira de Oliveira

sexta-feira, 16 de abril de 2004

Recado

Ei!Escutem só um pouquinho
Este velho rabugento
Que precisa de carinho
E se recorre aos lamentos.

A velhice quando chega
E nos encontra despreparados,
Por muito que a gente ajeita
Ela pesa um bocado.

E depois que a morte chega
Que a gente se vê sozinho,
É como uma sombra negra
Que surge no nosso caminho.

Enquanto estamos mais novos
Não prestamos muita atenção
Que o tempo passa ligeiro
E o corpo nos deixa na mão.

Eu vivi assim, mais só.
Sempre achei que eu me bastava
Então sofri de dar dó.
Ninguém de mim se lembrava.

Meus amigos, companheiros
Vê se aprendem a valorizar,
A família, o mundo inteiro,
Quando querem ajudar.

Conquistando amizades,
Nunca estamos sozinhos.
Entender esta verdade,
Custou-me um bom tempinho.

Obrigado meus amigos
Pela atenção que me deram.
São agora mui queridos
No coração desse velho.

Considerem-me um amigo - 16/06/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 31 de março de 2004

Melhorar

Marchemos para o progresso
Sigamos a Luz que é Jesus.
Facilitemos o regresso
Minorando a nossa cruz.

Não percamos tanto tempo
Envolvidos na ilusão.
Busquemos o ensinamento
Tendo paz no coração.

Trabalhar nosso equilíbrio
É tarefa que assumimos.
Mudar o comportamento
Vencer os nossos delírios.

Voltar um pouco melhor
Ser feliz ao retornar!
Buscar tarefa maior,
Para o Espírito melhorar!



Geraldo Lacerda - 31/03/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 17 de março de 2004

Trabalhar Sempre

Viva com mais consciência.
Busque o Mestre que é Jesus.
Assimile a paciência
E carregue a sua cruz.

Reclamar não adianta
Não melhora nem um pouco.
Quem só chora e só reclama,
Tem atitude de louco.

Olhar mais à sua frente;
Quanto trabalho a fazer.
Se tem rótulo de crente
Precisa se comprometer:

Com o auxílio do irmão,
Com a educação do menor,
Com o oferecer o pão;
Com atitudes pra melhor!



Geraldo Lacerda - 17/03/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 10 de março de 2004

Misericórdia

As provas da nossa vida,
Espreitam-nos a caminhada.
Elas nos são oferecidas
Todas, na data marcada

No entanto se as atitudes
Trazem as marcas do cristão.
As provas serão revistas;
Virão com mais mansidão.

Estar atentos no ensino
Que Jesus nos veio trazer
Modifica o nosso destino;
A história do renascer!

E isto pode ser feito.
É escolha de cada um.
Trabalhar pra ser perfeito
Sem perder momento algum!


Geraldo Lacerda - 10/03/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

Realidade

Silenciem os pensamentos
Os mortos querem falar.
Trazer os seus argumentos:
A família consolar!

Dizer do que encontraram
Chegando ao Mundo Maior.
Do que viram, quando olharam
Com atenção ao seu redor.

Não santos ajoelhados.
Nem anjos a trombetear.
Nem fogos serpenteados,
Como costumam contar.

A paisagem comum
Os amigos, todos lá.
A vida de cada um
Devendo continuar.

Em si os mesmos defeitos.
Pensando da mesma maneira.
Alguns chegam satisfeitos
Outros, na maior choradeira.

A morte não quer ser temida.
Ela quer ser entendida!
Morte boa, tem quem semeia
Muita paz, muita harmonia!


Geraldo Lacerda - 11/02/04
Luci Ferreira de Oliveira

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2004

Escolha

O cristão que quer vencer,
Que deseja acertar,
Precisa se convencer:
Escolher pra caminhar.

Os caminhos muito fáceis
Que oferecem recompensas
São manobras muito hábeis
Que nos vêm de outras sendas.

Lembrar-se que o Espírito
Como individualidade
Precisa do equilíbrio.
Buscar a maturidade!

Nas conquistas derradeiras,
Nos sofrimentos sem fim,
Encontramos a maneira;
Não é tão difícil assim.

Caminhando com Jesus
Buscando as Suas pegadas
Revestimo-nos de luz
No final da Caminhada!

Esse é um trabalho só nosso
Não tem como dividi-lo.
Tentar pelo menos, posso
Buscando assim atingi-lo.



Geraldo Lacerda - 04/02/04
Luci Ferreira de Oliveira