SOBRE O NATAL

Vamos falá do Natal
Esse dia glorioso
Qui nóis deve recordá,
Buscando a grande missão
Do Mestre a nos insiná.
Nada de papai Noé...
Nada de roupa bunita...
Nada de muito cumê...
E muito menos bebida.
O qui nóis deve fazê
É pensá na nossa vida!
O quanto nóis melhoramo
Nesse Ano que se finda.
Cuidá mais dos nossos fios
Insinando para eles
Qui cunhecê nosso Mestre,
A Doutrina qui deixou,
É uma necessidade.
Pois se o home num cunhece
Adireção que se pede
A cada fio de Deus,
Cum certeza ele se perde,
Cumplica tudo e se excede
Nos vícios que se prendeu.
Vamo fazê diferente
Esse Natal minha gente!
Abraçá Nosso Senhô
Abraçando o nosso irmão.
Diminuí o cumê
E ofertar mais o pão.
Valorizá a famía;
Purque é aquele grupo
pequenino, cinco ou seis
A nossa sustentação.
Nóis num muda assim de veis;
Mais de um Ano para o outro
Nóis temo bastante tempo
De trabaiá o sentimento.
E quem sabe mais um Ano
Nóis consegue assimilá
O insino qui o Mestre
Tanto nos qué insiná?
Qui tal a minha proposta?
Podemo ao menos tentá.
Eu desejo para todos
Um Ano de muita harmonia.
Eu desejo muito mais:
Qui nóis consiga fazê
Todo o bem qui Jesus faz!

Um amigo do coração
Luci Ferreira de Oliveira

SEM PAZ

Onde a paz que necessito?
Onde a Luz que não acredito?
Só tormenta, só conflito
Me cercam os pensamentos.
Será o Deus, só um mito?
Sem alívio ao sofrimento,
Caminho sem direção.
Quero ser contentamento
Abrindo o meu coração
Para a calma que não encontro.
E choro e desespero!
Não sei buscar o que quero;
Não sei fazer a oração
Que ouço dizer que existe!
Caminho apenas, sem trégua;
Quero sorrir e sou triste;
E choro e desespero!
Não sei gritar pela ajuda
Que necessito encontrar.
E a revolta perturba
Meu aflito caminhar!
Será que alguém é capaz
De vencer a insensatez
Da minha alma atormentada,
Que quer crer e não consegue,
Que quer ser e não é nada?
Não sei pedir, mas me ajudem!
Não sei rezar, mas me acudam!
Vivo, morto, e atormentado!

Apenas Eu - Luci Ferreira de Oliveira

ENTENDIMENTO

Eu vou contar-lhe, querida,
Uma coisa interessante:
Essa luz que é o Espírito
E que a gente custa a crer,
É o que realmente tem vida
E o que entendemos por "Ser"!

O "Ser", é mais que viver!
É a razão, o bom senso;
É o nosso consentimento
Na forma de proceder!
Analisando este fato
Podemos ser mais sensatos.

O dia, a oportunidade!
O tempo, a nossa verdade!
A ação, a nossa vontade.
O estudo a necessidade
Para entender a realidade
Que nos convida a crescer!

Alegria, a vida pede.
Confiança, paz, trabalho.
Atitudes que enobrecem!
Pois, ainda hoje, talvez,
Serão lhe pedidas contas,
Daquilo que você fez!


Um Espírito amigo.
Luci Ferreira de Oliveira

CUIDADO

Escreva ai minha filha
Aquilo que vou ditar.
Escreva e depois leia;
É para você meditar.

Quando a alegria começa
De nós a se afastar,
Precisa mais vigilância;
É hora de despertar!

Olhar dentro de você
Com vontade de enxergar.
Não é olhar e não ver
Pelo medo de enfrentar,

A luta que ora se trava
Entre você e você.
Busque no aprendizado
Que já conseguiu fazer,

Mudar a sua atitude,
Mas sabendo o porque!
Todo esse aprendizado
Tem um motivo de ser!

Cuidado! O tempo não pára!
Passa rápido demais,
E cobra aquela atitude
Que nem sempre a gente faz!


Albert
Luci Ferreira de Oliveira

HUMIRDADE

Tô aqui, minha cumadi
Prá mode nóis cunversá.
É muito bom uma prosa
Pra podê murtiplicá,
Todas as coisas boas
Qui nóis já fomo buscá,
Nas nossas prosa ou nos livros
Qui nóis vive a folheá.
São muitos os ensinamentos
Qui podemo aproiveitá.
Uma virtude que eu goso
E que vivo a apreciá,
É a chamada humirdade.
Difiicil de assimilá,
Ela trás um insinamento,
Qui se nóis num exercitá,
Ficamo qui nem jumento
Quando resorve impacá.
Ocê pode batê nele...
Quarqué orde pode dá,
Oferecê o capim...
E ele num sai do lugá!
A minha comparação
Num ficou muito bunita.
Mas, diga minha cumadi,
Qui outro jeito nóis temo
De falá da reberdia
Qui teimamo conservá?
Se me atrevo a compará
A nossa maneira de agi
Cum a desse animá,
Eu num quero agredí.
Só quero fazê intendê
Qui si nóis já evoluimo
Nóis precisamo mudá
A nossa maneira de sê.

A humirdade é a virtude
Que nos prepara pra vida.
Qui nos mostra exatamente
Quão dificil é a subida
Qui devemo infrentá.
E se nóis formo humirdes
Nóis encontra sempre aqueles
Qui pode nos ajudá.
Vamos em frente cumadi...
Purque depois da humirdade
Tem outras tantas virtudes
Qui pricisamu aprendê!
Num podemo mais pará!
Quanto mais amolecê,
Mais dificil vai ficá.
Confiemos em Jesus!
Tomemos a nossa cruz
E sigamo sem pará
Suas pegadas de Luz!

Um amigo do coração - Luci Ferreira de Oliveira

PARA REFLETIR

A esperança desperta feliz,
E sonha e canta e sorri,
Até que a mágoa,
Que a espreita incessante,
Investe com a sua fúria
E a golpeia angustiante!
E a esperança intimidada,
Se encolhe e foge escorraçada.
Não quer lutar!
Não sabe a força que tem
Se consegue perdoar!
A Esperança e a mágoa
Caminham lado a lado:
Se uma desperta, a outra surge,
Maldosa, rude, como intrusa.
E porque conhece na esperança a fraqueza,
Avança e ataca com toda a sutileza
Que a mágoa sabe ter!
Quando a Esperança
Aprender aperdoar,
Não haverá mais luta:
A Esperança e o perdão
Resultam na compaixão.
E a mágoa acaba...
Nem mesmo a mágoa...
Resiste ao perdão!


ALBERT -
LUCI FERREIRA DE OLIVEIRA

MÃE

As mãe, querida cumadi,
São anjos qui se disfarçam
Na roupagem da muié.
São almas boa qui voltam
Trazendo a missão espinhosa
Di caregar o seu fio
Na rota da educação!
De fazê eles acordá
De maneira carinhosa
Prá encontrá a evolução!
E nóis acha elas chata...
Inté mesmo uma ingrata
Quando não faz o qui nóis qué...
Mas a mãe num guarda raiva
E passando a expolosão,
Elas vem e nos abraça
E nos abre o coração!
Se nóis chora, elas chora...
Se nóis ri, elas gargaiam...
Se nóis tem preocupação,
Elas ajoeiam e ora
Pedindo à Deus nosso Pai,
Ter pena de nóis, seus fios,
E abrandá nossa luta
E nos concedê o perdão...
As mãe são santas, cumadi...
Elas não tem a mardadi
Que o resto do mundo tem.
São mesmo umas leoa
Sempre prontas a defendê
As cria, qui para elas,
Nunca, jamais, vão crescê!
Um dia pra homenageá-las
É pouco, minha cumadi...
O tempo para esse feito
Dever ser a eternidade...
Mãe é paz, é harmonia...
É o refúgio da agonia,,,
É o remédio que cura...
No frio...ela é o calôr!
Só uma frase a defini:
É a plenitude do Amor!

Um irmão do coração -
Luci Ferreira de Oliveira

PENSÁ

Eu tô muito sastifeito
Cum nossa prosa cumadi!
Si nóis dois num é perfeito
Si nois inda tem mardade,
Num qué dizê qui cum isso
Usamu de farsidade!
Já falamu du cumê,
Já aprendemu a cunversá,
Qui tal se nóis cunseguisse
Trabaiá nosso pensá?
Ocê num pode imaginá
A força du pensamento.
Sem mesmu nóis percebê,
Ele vai tomanu forma.
E cresce de tar maneira
Qui a mente fica cheia
E o pensamento ela intorna.
Aí, querida cumadi,
É qui a coisa fica feia!
Purque farta a vigilância
E sobra a petulância
De jurgá a vida alheia.
E a vibração du pensá
Tem sua mira certeira
E vai direto nu arvo
E invorve nóis tamém
Im toda essa sujeira!
Ai cumadi, o remorso
Chega assim, tarde dimais.
Por muito que a gente ora
E inté mesmo se chora,
Num tem perdão de milagre!
O jeito qui tem agora
É tentá se discurpá
E usá mais da razão.
E´pensá nas coisa boa
Qui Jesus o nosso irmão
Deu exemplo para nóis.
Óia qui as Leis Divinas,
Faz tudo muito certinho:
Entre nóis executá;
Inté mesmo até falá,
Nóis pricisamo pensá!
E se pensá direitinho
Trocando o nosso lugá
Cum aquele que agredimo,
Nóis num vai querê fazê...
Vigiá, minha cumadi,
Foi o Cristo que insinô.
Se não quer fazê bobagem
Atrasando o caminhá,
Usa mais do seu pensá.
Mais num isquece do aprendê.
Purque se nóis num cunhecê,
Cumo havemo de fazê?


Um Espírito amigo. Luci Ferreira de Oliveira

SABÊ FALÁ

Se ocê gostou da prosa
Qui tive cum meu cumpadi,
Se ocê qué outro assunto,
Presta atenção minha cumadi:
Assim cumo tem a gula,
Tem tamém o sabê falá.
Muitas veis, mió sê muda!
Nas nossas cunversação
É priciso está atento.
Quando a gente fala muito
E é da vida dos otros
É cumo espaiá veneno.
Preste atenção nu qui falo.
As palavra invigilante,
Vão saindo sem pensá.
E se veste de mardade
E de mintira cumadi!
No insino de Jesus,
Ele é sério nu pregá.
Num tem ninguém qui falô
Nu Mestre a gargaiá.
Ele ensinou o amô,
Daquele jeito perfeito
Qui pricisamo aprendê.
É só ter carma e estudá,
O que devemu fazê.
Trabaio, eu sei qui dá.
Mas, se quisé cumeçá
É só segui a lição:
Amar a Deus na figura
Do home o nosso irmão.
Nunca desejá o má!
E tamém num aproveitá
Daquele que sabe menos.
É esse o nosso irmão
Qui devemu insiná.
Num é só im casa não.
É na rua, no trabaio
E na casa de oração
Fais isso, minha cumadi
E sentirá mais vontadi
De aprendê.
Se ocê quisé sabê,
Achá qui nois sabi muito,
É fruto da vaidade.
Sê simples no seu falá.
Nas, num isqueci de temperá
O simples, cum o sabê.
E se a fala num insina,
É mió emudecê.
Vigia, disse Jesus.
Pensá primeiro e muito.
É o tempo que nóis temo
De trocá nossa palavra.
De fazê da nossa fala,
Um exemplo para o mundo!



Um irmão do coração - Luci Ferreira de Oliveira.

OBJETIVO

A Escola do mundo tem
Um quê de particular;
Só permite que você
Trabalhe-se, no acrescentar,

Virtudes que vão somando,
Até formar seu caráter,
Sem nimguém para ajudar!
Jesus nos troxe o roteiro,

Não só para experimentar.
Mas, estudá-lo, entendê-lo
E o ensinamento ficar.
Por isso vida é conduta!

É o ato de aperfeiçoar
A pedra, que ainda bruta,
Precisa de nossa luta
Para o diamente mostrar.


Geraldo Lacerda - Luci Ferreira de Oliveira

CONFIANÇA

Estou aqui minha amiga.
Bem ao lado de você.
Esforce-se um pouco mais
Para a coisa acontecer.

O trabalho que é do bem;
A Luz que se quer manter;
É fruto de muita luta
Melhorando o proceder.

O caminho é esse mesmo.
Só precisa disciplina.
Acreditar que a ajuda
Faz parte dessa rotina.

O nosso mundo e o seu
Vivem a se influenciar.
Se você ficar atenta
Saberá nos escutar.

A calma e o conhecimento
São as chaves que precisa.
É parte do crescimento!
Não fique mais indecisa.

Somos todos companheiros
Precisando trabalhar.
O exemplo está no Cristo.
Só cabe a nós imitar!


Albert -
Luci Ferreira de Oliveira - 25/01/10